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28 Set, 2008

Paracelso

 

"O que Deus quer são nossos corações e não as cerimônias, já que com elas a fé nele perece. Se queremos encontrar Deus, devemos buscá-lo dentro de nós, pois fora de nós jamais o encontraremos".

 

 Paracelso

 

Na aldeia de Einsiedeln, Suíça, em 17 de dezembro de 1493 (ou em 10 de novembro do mesmo ano; há uma divergência histórica neste ponto), nasceu Phillipus Aureolus Theoperastus Bombastus von Hohenheim. Filho de Wilhelm Bombast, médico e alquimista; e neto de Georg Bombast von Hohenheim, Grão Mestre da Ordem dos Cavaleiros de São João, o jovem de baixa estatura, gago e corcunda, aos três anos de idade, foi atacado por um porco que lhe mutilou o genital, fato que somado a sua aparência física, proporcionou-lhe um complexo de inferioridade que seguiu por toda a vida.

Até mesmo seu extenso nome é alvo das discordâncias. Possivelmente, o nome Theoperastus é uma homenagem ao famoso pensador grego. Já o nome Phillipus (ou Phelix), por vontade própria e motivos desconhecidos, foi acrescentado ao longo da vida; e a alcunha, Aureolus, é uma alusão "divina", dada por seus admiradores ao longo dos anos.

Na infância, Theoperastus acompanhava seu pai viajando pelos povoados da terra natal, observando a manipulação das ervas usadas para curar enfermos daquela região. Dessa forma, passou a apreciar a atividade paterna. As primeiras noções sobre Teologia, Alquimia e Latim, foram transmitidas por seu pai. Ainda muito jovem, foi enviado à escola de Beneditinos do Mosteiro de Santo André. Lá, conheceu o notável alquimista, Eberhard Baumgartner.

Formou-se nos estudos tradicionais de sua época e seguiu o caminho profissional de seu pai, estudando medicina na cidade de Viena e concluindo em Ferrara. A partir deste momento, deu início as suas viagens, passando por Áustria, Egito, Hungria, Tartária, Arábia e Polônia.

Em Salzburg, Áustria, tentou estabelecer-se como médico, mas foi expulso da cidade porque simpatizou com agricultores rebeldes. Recebeu o título de cidadão em Strasburg e partiu para Basel. Após vários conflitos com colegas médicos e farmacêuticos e o próprio conselho de medicina da cidade, Theoperastus recebeu uma ordem de prisão em 1528, forçando sua fuga da cidade. Em Wurzburg, aprendeu com outros sábios a manipulação de produtos químicos, principalmente com Tritêmio, célebre abade e ocultista do Convento São Jorge.

Em 1536, publicou Die Grosse Wundartzney, (Cirurgia Maior), uma coleção de tratados médicos. Escreveu ainda trinta e dois artigos e ilustrações, com previsões de eventos até o ano 2106. Para que seus escritos tivessem uma penetração maior, redigiu todos em alemão, e não em latim, como era o costume.

Viajou pelo país como uma espécie de médico-cigano, e ficou conhecido como "o médico dos pobres" até voltar para Salzburgo em 1540, convidado pelo bispo da cidade. Faleceu em 24 de setembro de 1541 com apenas 47 anos. A causa de sua morte não foi esclarecida. Uma hipótese é que tenha sido vítima de feridas infeccionadas, ocasionadas quando, embriagado, sofreu uma queda numa taberna. O corpo foi velado na igreja de São Sebastião e, conforme seu último desejo, foram entoados os salmos bíblicos 1, 7 e 30.

 

 

Obras

 

Há diversos vácuos e incoerências na biografia deste personagem, também conhecido como Hohenheim. Estas poucas informações são os registros históricos mais confiáveis da vida de Paracelso, que teria adotado (ou recebido de seu pai) este apelido por ser "superior a Celso", famoso médico romano da Antigüidade.

Sua vida pautada pelas polêmicas e conturbações que sua personalidade pouco adequada àqueles tempos lhe infligia. Esta frase de sua autoria exemplifica: "Ponderei comigo mesmo que, se não existissem professores de Medicina neste mundo, como faria eu para aprender essa arte? Seria o caso de estudar no grande livro aberto da Natureza, escrito pelo dedo de Deus. Sou acusado e condenado por não ter entrado pela porta correta da Arte. Mas qual é a porta correta? Galeno, Avicena, Mesua, Rhazes ou a natureza honesta? Acredito ser esta última. Por esta porta eu entrei, pela luz da Natureza, e nenhuma lâmpada de boticário me iluminou no meu caminho".

Além da medicina, era versado em filosofia e política. Mas seus escritos estão relacionados principalmente com a sua profissão e chegam a mais de 8 mil páginas. Porém, apenas uma pequena parte é conhecida e estudada. A linguagem aplicada em sua obra é alegórica e passível de interpretação, um recurso utilizado para que não pudesse ser acusado de feitiçaria pelo implacável mecanismo inquisitório medieval. Conta-se que certa vez, Paracelso queimou em público diversos livros de Galeno e Avicena, dizendo: "Que toda esta miséria possa ir pelos ares como fumaça".

 

 

Médico e Místico

 

Até mesmo a forma de exercitar seu ofício era contestada. Acreditava ele, que a função de um médico ia além do diagnóstico e receituário convencional; era necessário um estudo do paciente e uma compreensão da doença em aspectos como a astrologia, alquimia, magia e outras variações esotéricas.

A medicina daquele tempo, baseada no pensamento do filósofo Hipócrates, acreditava que as doenças eram causadas por mau funcionamento dos fluídos do corpo humano: sangue, catarro, bílis preta e bílis amarela. Paracelso contestou e simplificou este conceito. Segundo ele, os seres materiais têm origem em quatro elementos: terra, água, ar e fogo; e três substâncias: enxofre, mercúrio e sal. Os primeiros são realidades materiais compreendidas dinamicamente. Enquanto os outros são modalidades de comportamento da natureza. Ou seja, o enxofre é combustível, o mercúrio é volátil e o sal é resistente ao fogo. Portanto, a saúde é o equilíbrio, e a doença é o desequilíbrio de todas as energias presentes no ser humano, tanto no corpo físico como espiritual.

De acordo com Paracelso, a cura apóia-se em quatro bases distintas: filosofia, astronomia, alquimia e virtus. A filosofia significa: abrir-se ao conjunto das forças naturais, observar essas forças invisíveis na penetração da realidade total e perceber o invisível no visível. A astronomia explica as influências dos astros na saúde e nas enfermidades. A alquimia torna-se útil no preparo dos medicamentos. O termo virtus é uma alusão a honestidade do médico que, através do raciocínio de Paracelso, é uma pessoa em constante evolução e aperfeiçoamento, e deve reconhecer a ação da natureza invisível no doente ou, em se tratando do remédio, como atua no plano visível. Assim, o conhecimento médico tem menos a ver com conhecimento intelectual do que com a intuição.

Paracelso fazia freqüentes associações entre Magia e Imaginação. "O visível esconde o invisível, mas apesar disso conseguimos o invisível apenas através do visível", dizia. Nesse caso, magia significa a ação direta sobre as pessoas e todos os seres, sem ajuda da matéria. Ou seja, o mago é capaz de causar efeitos físicos sem ajuda física. No livro Paracelso - Alquimista, Químico, Pioneiro da Medicina, o historiador e filósofo Lucien Braun, cita: "toda natureza invisível se movimenta através da imaginação. Se a imaginação fosse forte o suficiente, nada seria impossível, porque ela é a origem de toda magia, de toda ação através da qual o invisível (de um ou outro modo) deixa seu rastro no visível. A energia da verdadeira imaginação pode transformar nossos corpos, e até influenciar no paraíso...".

Além disso, o médico suíço reconheceu que a fé fortalece a imaginação. Isso inclui as curas milagrosas atribuídas a ele e que não foram apenas resultado dos medicamentos, mas serviram para influenciar conscientemente a ação da imaginação do próprio paciente, de modo que agisse diretamente no desejo de ser curado. Atualmente, há na medicina, o chamado placebo, uma substância sem qualquer efeito farmacológico, prescrita para levar o doente a experimentar alívio dos sintomas pelo simples fato de acreditar nas propriedades terapêuticas do produto. De certa forma, pode-se entender que Paracelso já fazia uso deste recurso há mais de 500 anos. Outro fator interessante de seu raciocínio, é que ele também associava as características exteriores de uma planta a sua função medicinal. Por exemplo, folhas em forma de coração foram recomendadas para doenças cardíacas.

 

 

Seu Legado

 

Personagens como Van Helmont e Friedrich Franz Mesmer deram continuidade aos trabalhos de Paracelso. O pensamento e a atitude do sábio suíço influenciaram não apenas as ciências e o ocultismo de sua época, mas até hoje são lembrados e utilizados como base de estudos modernos. Até mesmo durante uma epidemia de cólera, em 1830, seu túmulo foi objeto de peregrinação.

Sabe-se que Paracelso nasceu no ano de 1493, o dia e o mês ainda são discutíveis. Mas isso não é tão importante, porque foi um homem além de seu tempo, além das datas e do pensamento. Seu legado de obras escritas e ensinamentos compõem o que atualmente é chamado de Medicina Experimental. Formulou os primeiros conceitos da homeopatia, farmacologia, medicina psicossomá- tica, psicologia e bioenergética. Um médico esotérico que, como todos os outros "não esotéricos", tinha apenas um objetivo: prolongar a existência humana na Terra.

 

 www.spectrumgothic.com.br

 

 

Um dia, Gregório Epifanov encontrou o urso da floresta.

Não era a primeira vez que urso e lenhador se encontravam. Das outras vezes, empunhando o machado, enfrentara o bicho e obrigara-o a fugir de quem era mais valente. Outros tempos...

Agora, Gregório Epifanov sentia-se velho demais para lutar. O machado caiu-lhe das mãos e os joelhos dobraram-se... Rendia-se antes do combate.

O urso que decidisse o que queria fazer dele.

- Não quero nada de ti - disse-lhe o urso. - Estás muito fraco para que possas medir forças comigo. Como te deixaste envelhecer desta maneira, homem?

Gregório Epifanov murmurou:

- Os anos, uns em cima dos outros, pesam-me nos ombros.

A neve de muitos invernos caiu-me na cabeça e embranqueceu-me os cabelos. De tanto mastigar pão duro, caíram-me os dentes. Os trabalhos custosos e as moléstias chuparam-me a carne e curtiram-me a pele. Assim envelheci.

Ficaram a conversar como bons amigos.

A certa altura, o velho lenhador lamentou-se do mau génio da irmã que não parava de dizer que ele não valia nada e que estava sempre a tratá-lo de urso paspalhão.

- E isso ofende-te? - perguntou-lhe o urso.

Pois claro que se ofendia. Se não fosse ele, a miséria da choupana ainda seria maior.

Com o que ele ganhava a vender lenha, ambos comiam. Além de que não era um urso, era um homem.

Então o urso teve uma ideia. Chegou o focinho à orelha do lenhador e segredou-lhe o seu plano. Foi uma risota!

Na manhã seguinte, repetiu-se a cena de todos os dias.

Com os modos de sempre, a velha Agripina abanou a cama, onde, muito enrolado nos cobertores, o irmão dormia.

- Levanta-te, urso madraceiro - gritava ela. - Levanta-te que são horas de te pores a andar.

Voltado para a parede, o irmão não dava resposta.

- Ah, sim!?

Então deixa estar que hoje é que vais saber como é fria a água do poço - disse a velha.

Dito e feito. Encheu a selha, carregou com ela e despejou-a em cima da cama do infeliz Gregório Epifanov, gralhando o que se segue:

- Prova desta água, urso paspalhão, mandrião e resmungão, a ver se te emendas!

Espalharam-se os cobertores e da cama saltou não o lenhador mas um urso, um urso autêntico que se pôs a correr atrás da velha, pela casa fora. Ela, aterrorizada, tropeçou na selha, caiu, levantou-se, fugiu, sentindo sempre as garras do urso quase a tocarem-lhe.

- Quem me acode! - gritava ela que metia pena.

Valeu-lhe o irmão que entrou, nesse instante, na cabana, empunhando um machado. Arremedou-se, ali, uma luta que mais parecia uma dança... O urso fez de conta que estava cheio de medo e, fingindo uma grande aflição, fugiu para a floresta donde viera.

A partir desse dia, a velha Agripina passou a tratar o mano com melhores modos. Fora uma ou outra rabugice, os dois irmãos começaram a dar-se muito bem e voltaram a ser bons amigos. As sementes de amizade, escondidas no fundo dos seus corações cansados, estavam a dar flores...

Gregório Epifanov nunca mais se esqueceu do urso que lhe prestara tão bons serviços. Sempre que pode, deixa ficar, na cavidade aberta num velho tronco, um boião de mel que se destina ao seu amigo. Parece que os ursos são muito gulosos.

 

http://www.historiadodia.pt

 

 

Havia na floresta uma cabana, modesta morada de lenhadores. Nessa cabana, moravam um velhinho e uma velhinha que eram irmãos, mas pouco amigos. Por aqui começa esta história.

Desconfio que não estou a dizer a verdade toda.

Talvez os dois irmãos fossem amigos, lá muito no fundo dos seus corações de velhos rabugentos, mas quem os visse e ouvisse a enfronharem-se constantemente por dá cá aquela palha, tal não diria. A velhinha, então, era a mais abespinhada. Mal o irmão entrava em casa e fechava a porta, começava a bulha.

- Estou farta de te recomendar, Gregório Epifanov, para não entrares sem primeiro bater à porta. Assustas o gato, assustas-me a mim e abalas a casa com essas botifarras. Porque não te descalças à porta?

- Porque já sei, mana Agripina, que estás à espera que eu venha com o carrego de gravetos para te acender o lume.

Se eu tivesse a certeza de vir encontrar a casa aquecida, a sopa a fumegar e o chá a ferver na chaleira, descalçava-me à porta, pois claro! Mas que encontro afinal: cinzas frias na lareira e uma velha  a um canto, enrolada em cobertores, a resmungar com voz de bruxa.

 

A mana Agripina saltava do seu canto e espetava o dedo agudo, diante do nariz do irmão:

-- Bruxa? Eu? E tu o que és? Um velho urso paspalhão a sonhar com palácios e criados de nariz no chão. Julgas que sou tua criada, julgas?

- Nem eu sou teu criado e trago-te este baraço de lenha para aqueceres a ceia, velha rezingona.

Ela virava-lhe as costas e voltava para o seu canto, resmungando:

- Passo bem sem ceia. Se queres comer o caldo, come-o frio ou aquece tu o lume.

Não estou para me maçar com ursos velhos!

Assim viviam os dois manos. Assim passavam os serões.

De manhã, chovesse ou fizesse sol, havia sempre tempestade na cabana.

- Levanta-te, urso preguiçoso! - gritava a velha Agripina, sacudindo a cama do irmão.

- Deixa-me em paz, velha ruim. Passo dia a trabalhar. Portanto, tenho direito de dormir o que me apetece e o que o meu corpo pede - respondia-lhe o velho, com a cabeça escondida nos cobertores.

- Isso são desculpas de urso.

Se te não levantas já, vou ao poço, encho a selha e despejo-ta pela cabeça abaixo - ameaçava a velha.

Gregório Epifanov levantava-se, pegava no machado e ia-se embora, sem dar os bons-dias nem comer as sopas da manhã.

 

 

 

António Torrado

ilustrações de Cristina Malaquias

 

 

 

 

 

António Torrado nasceu em Lisboa, em 1939.
Escritor de livros para crianças (domínio no qual a sua bibliografia é particularmente vasta — conta com mais de 100 títulos publicados em várias editoras), poeta, ficcionista, dramaturgo, autor de obras de pedagogia e de investigação nessa área, é por excelência um contador de histórias, estando muitos dos seus livros e contos traduzidos para várias línguas.
Foi galardoado com o Prémio Calouste Gulbenkian de Livros para Crianças (1980), o Prémio de Teatro Infantil da Secretaria de Estado da Cultura (1984), o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças (1988), entre muitos outros.
Alguns dos seus livros foram incluídos na Lista de Honra do IBBY – Internacional Board on Books for Young People –, nos anos de 1974 e 1996.
Segundo o crítico e investigador José António Gomes, “Torrado impôs-se como uma das figuras de maior relevo da nossa literatura do pós-25 de Abril e dificilmente se encontrará hoje um autor que, de forma tão equilibrada, saiba dosear em livro o humor, a crítica e os sinais de um profundo conhecimento do imaginário infantil.”

 

www.assirio.com/autor.php

 

 

 

Deita fora todos os números não essenciais à tua sobrevivência.
Isso inclui idade, peso e altura.Deixa o médico preocupar-se com eles.
É para isso que ele é pago.

Frequenta, de preferência, amigos alegres.Os de "baixo astral" põem-te em baixo.

Continua aprendendo...Aprende mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa.Não deixes o teu cérebro desocupado.
Uma mente sem uso é a oficina do diabo.E o nome do diabo é Alzheimer.

Aprecia coisas simples.Ri sempre, muito e alto.Ri até perder o fôlego.

Lágrimas acontecem. Aguenta, sofre e segue em frente.A única pessoa que te acompanha a vida toda és tu mesmo.Mantém-te vivo, enquanto vives!

Rodeia-te daquilo de que gostas: Família, animais, lembranças, músicas, plantas, um hobby, o que for.O teu lar é o teu refúgio.

Aproveita a tua saúde;Se for boa, preserva-a.Se está instável, melhora-a.
Se está abaixo desse nível, pede ajuda.

Não faças viagens de remorso.Viaja para a cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não faças viagens ao passado.


Diz a quem amas, que realmente os amas, em todas as oportunidades.

E lembra-te sempre que: vida não é medida pelo número de vezes que respiraste, mas pelos momentos Em que perdeste o fôlego:De tanto rir...De surpresa...De êxtase...De felicidade...



PABLO PICASSO

 

 

 

 

Pablo Picasso (25/10/1881-8/4/1973) destacou-se em diversas áreas das artes plásticas: pintura, escultura, artes gráficas e cerâmica. Picasso é considerado um dos mais importantes artistas plásticos do século XX.

Nasceu na cidade espanhola de Málaga. Fez seus estudos na cidade de Barcelona, porém trabalhou, principalmente na França. Seu talento para o desenho e artes plásticas foi observado desde sua infância.

Suas obras podem ser divididas em várias fases, de acordo com a valorização de certas cores. A fase Azul (1901-1904) foi o período onde predominou os tons de azul. Nesta fase, o artista dá uma atenção toda especial aos elementos marginalizados pela sociedade. Na Fase Rosa (1905-1907), predomina as cores rosa e vermelho, e suas obras ganham uma conotação lírica. Recebe influência do artista Cézanne e desenvolve o estilo artístico conhecido como cubismo. O marco inicial deste período é a obra Les Demoiselles d'Avignon (1907) , cuja característica principal é a decomposição da realidade humana.

Em 1937, no auge da Guerra Civil Espanhola ( 1936-1939), pinta seu mural mais conhecido: Guernica. Esta obra já pertence ao expressionismo e mostra a violência e o massacre sofridos pela população da cidade de Guernica.

Na década de 1940, volta ao passado e pinta diversos quadros retomando as temáticas do início de sua carreira. Neste período, passa a dedicar-se a outras áreas das artes plásticas: escultura, gravação e cerâmica. Já na década de 1960, começa a pintar obras de artes de outros artistas famosos: O Almoço Sobre a Relva de Manet e As Meninas do artista plástico Velázquez, são exemplos deste período.

Já com 87 anos, Picasso realiza diversas gravuras, retomando momentos da juventude. Nesta última fase de sua vida, aborda as seguintes temáticas: a alegria do circo, o teatro, as tradicionais touradas e muitas passagens marcadas pelo erotismo. Morreu em 1973 numa região perto de Cannes, na França.

 


Fica proibido chorar sem aprender.

Levantar-se um dia sem saber o que fazer.

Ter medo das tuas recordações.

Fica proibido não sorrir ante os problemas.

Não lutar pelo que queres.

Abandonar tudo por medo.

Não transformar em realidade teus sonhos.

Fica proibido não demonstrar o teu amor.

Fazer com que alguém pague pelas tuas dúvidas e pelo teu mau humor.

Fica proibido deixar os teus amigos.

Não tentar compreender aquilo que viveram juntos.

Chamá-los somente quando precisa deles.

Fica proibido não seres tu perante todos.

Fingir para as pessoas que não te importas.

Esquecer todos os que te querem.

Fica proibido não fazeres as coisas para ti mesmo.

Não fazeres o teu destino.

Ter medo da vida e dos teus compromissos.

Não viver cada dia como se fosse o último.

 

 

 

Pablo Neruda

Filho de um operário ferrroviário e de uma professora primária, nasceu em 12 de julho de 1904, na cidade de Parral (Chile). Seu nome era verdadeiro era Neftalí Ricardo Reyes Basoalto. Perdeu a mãe no momento do nascimento.
Em 1906, a família muda-se para a cidade de Temuco. Começa a estudar por volta dos sete anos no Liceu para Meninos da cidade. Ainda em fase escolar, publica seus primeiros poemas no jornal “ La Manãna”. No ano de 1920, começa a contribuir com a revista literária “Selva Austral”, já utilizando o pseudônimo de Pablo Neruda (homenagem ao poeta tcheco Jan Neruda e ao francês Paul Verlaine).Em 1921, passa morar na cidade de Santiago e estuda pedagogia no Instituto Pedagógico da Universidade do
Chile. Em 1923 publica ‘Crepusculário” e no ano seguinte “Vinte poemas de amor e uma canção desesperada”, já com uma forte marca do modernismo.No ano de 1927, começa sua carreira diplomática, após ser nomeado cônsul na Birmânia. Em seguida passa a exercer a função no Sri Lança, Java Singapura, Buenos Aires, Barcelona e Madrid. Nesta viagens, conhece diversas pessoas importantes do mundo cultural. Em Buenos Aires, conheceu Garcia Lorca, e em Barcelona Rafael Alberti.Em 1930, casa-se com María Antonieta Hagenaar, divorciando-se em 1936. Logo após começou a viver com Delia de Carril, com quem se casou em 1946, até o divórcio em 1955. Em 1966, casou-se novamente, agora com Matilde Urrutia.Em 1936, explode a Guerra Civil Espanhola. Comovido com a guerra e com o assassinato do amigo Garcia Lorca, compromete-se com o movimento republicano. Na França, em 1937, escreve “Espanha no coração”. Retorna neste ano para o Chile e começa a produzir textos com temáticas políticas e sociais.
No ano de 1939, é designado cônsul para a imigração espanhola em Paris e pouco tempo depois cônsul Geral do
México. Neste país escreve “Canto Geral do Chile”, que é considerado um poema épico sobre as belezas naturais e sociais do continente americano.Em 1943, é eleito senador da República. Comovido com o tratamento repressivo que era dado aos trabalhadores de minas, começa a fazer vários discursos, criticando o presidente González Videla. Passa a ser perseguido pelo governo e é exilado na Europa.Em 1952, publica “Os versos do capitão” e dois anos depois “ As uvas e o vento”. Recebe o prêmio Stalin da Paz em 1953. Em 1965, recebe o título honoris causa da Universidade de Oxford (Inglaterra). Em outubro de 1971, recebe o Prêmio Nobel de Literatura.
Durante o governo do socialista Salvador Allende, é designado embaixador na França. Doente, retorna para o Chile em 1972. Em 23 de setembro do ano seguinte, morre de câncer de próstata na Clínica Santa Maria de Santiago (Chile).

 

 

 


http://cultura.portaldomovimento.com/pablo_neruda.html

 

"Conhece-te a ti mesmo, ó linhagem divina vestida com trajes mortais. Despe-te, eu te peço, separa o quanto podes, e podes o quanto te esforces; separa, digo, a alma do corpo, a razão dos afectos do sentido. Verás logo, cessadas as brutalidades terrenas, um puro ouro, e, afastadas as nuvens, verás um luminoso ar; e então, acredita-me, te respeitarás como um raio eterno do divino sol."

 

 

Marsílio Ficino

 

Médico e teólogo italiano nascido em Figline Valdarno, próximo a Florença, pioneiro na tradução para o latim das obras de Platão, Porfírio e Plotino e outros autores neoplatônicos, assim como obras de Dionísio Areopagita, tornando-se um arauto do neoplatonismo renascentista. Protegido por Cosimo de Médici, que o presenteou com uma Quinta, onde teve sua sede a academia platónica, pode consagrar toda a sua vida aos  estudos filosóficos. Da escola grego-latina tornou-se diretor da Academia Platónica Florentina (1462), fundada (1442) por Cosimo de Medici, na qual conviveu com outros notáveis pensadores, como Giovanni Pico della Mirandola. Ordenado (1473), anos mais tarde, foi nomeado cónego da catedral de Florença e viveu uma existência muito austera no meio de Florença do século XV. Dedicou a maior parte de sua vida traduzindo os trabalhos de Platão, do original grego para o latim, tentando, na sua visão, reconciliar o platonismo com cristianismo, como na sistematização que se encontra nos 18 livros da Theologia platonica (1482). Morreu em Careggi, nas proximidades de Florença. Foi o principal representante do platonismo italiano, animador da célebre academia platónica florentina. Esta academia nasceu graças a um cenáculo de literatos, artistas e pensadores, amigos da casa de Médicis. Fizeram parte deste cenáculo Poliziano, Pulci, João Pico della Mirandola e o próprio Lourenço, o Magnífico. Historicamente, depois do platonismo de importação oriental, na segunda metade do século XV surgiu e firmou-se um platonismo italiano. O centro foi precisamente Florença, onde foi celebrado o famoso Concílio.

 

 

www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_2605.html

 

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