"(...)Com os recursos e percepções do engenho humano" Pode-se construir meios para navegar sem remadores, de modo que naves imensas (...), com um só timoneiro, andem a maior velocidade do que fossem movidas por uma multidão de remadores. Pode-se construir carros que andem sem cavalos(...) é possível também construir máquinas para voar, ( e um instrumento de pequenas dimensões, mas em condições de erguer e abaixar pesos de grandeza infinita (...)"
Roger Bacon
Roger Bacon nasceu aproximadamente em 1214 e estudou geometria, aritmética, música, e astronomia em Oxford e Montpelier e foi professor de Filosofia na Universidade de Paris entre 1241 e 1247.
Foi discipulo de Robert Grosseteste, mestre Regente e chanceler da Universidade de Oxford e bispo de Lincoln em 1235. Desenvolveu com este diversos estudos no campo da óptica, em Oxford, entre 1247 e 1257. Roger Bacon trabalhou na correcção do Calendário Juliano, fez estudos com nitrato de potássio e após várias experiências descobriu a combinação perfeita da pólvora. Descreveu o olho como uma máquina onde se formam imagens, aperfeiçoou instrumentos de óptica, e, após ter compreendido as causas responsáveis pela refracção da luz, foi o primeiro a sugerir que as lentes poderiam ser usadas como óculos.
Bacon foi pioneiro na estruturação do método experimental, como forma de validação da experiência. Propôs novas metodologias de investigação científica e colocou em causa os métodos de ensino praticados pelos Franciscanos e pelos Dominicanos, e sobretudo focou que as traduções de Aristóteles e inclusivamente da Bíblia acusavam erros de sentido motivados por desconhecimento idiomas que não eram totalmente dominados pelos tradutores, era preciso saber a fundo as línguas, para poder traduzir com veracidade e dominar a linguagem, para poder traduzir todas as subtilezas próprias de qualquer idioma. Isto tornou-o malquisto perante as autoridades eclesiásticas de então.